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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Beneficiados reclamam de problemas em obras do 'Minha Casa, Minha Vida'

Edição do dia 26/04/2013

26/04/2013 09h19
Na Região Metropolitana de Belém, a Justiça suspendeu o pagamento das prestações até que moradias novinhas sejam reformadas.

 
Muitas pessoas também têm feito contato com a reportagem do Bom Dia Brasil reclamando de problemas na obras do ‘Minha Casa, Minha Vida’ em todo o país.

Pará

Na Região Metropolitana de Belém, as reclamações foram parar na Justiça, que suspendeu o pagamento das prestações até que moradias novinhas sejam reformadas.

Um condomínio de 420 apartamentos em Ananindeua, na Grande Belém, foi entregue há apenas um ano e já apresenta rachaduras na fachada, infiltrações em vários cômodos, paredes com mofo. Os moradores reclamam que quando chove - o que é frequente na Amazônia - o telhado tem vazamentos.

Segundo a Caixa, uma equipe técnica identificou a necessidade de manutenção e acionou a construtora, que já começou a fazer os reparos.

Outro caso na mesma cidade foi parar na Justiça, que suspendeu a cobrança das parcelas do financiamento depois de avaliar que existem rachaduras e infiltrações apontadas pelo Ministério Público. O juiz exigiu uma perícia para avaliar os problemas. A Caixa disse que vai recorrer da decisão e que acionou a construtora para fazer reparos.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, os problemas eram tão graves que dois prédios quase prontos foram demolidos. Eles começariam a ser entregues em julho deste ano para as vítimas do Morro do Bumba, que deixou 47 mortos em abril de 2010. Um terceiro bloco também teve que ser demolido. Eles estavam cheios de rachaduras e infiltrações.

A Caixa Econômica diz que aguarda a revisão dos projetos para continuar a construção dos prédios demolidos, que são responsabilidade da Construtora Imperial. A construtora afirmou que vai estender o prazo de entrega, e que o motivo disso tudo foram as fortes chuvas que encharcaram o solo.

Mato Grosso do Sul

Em um condomínio em Campo Grande, vários moradores acionaram o Procon, Antes de entrar na casa, uma moradora foi comprar os móveis, entre eles, um sofá, que deveria caber na sala. Na hora da entrega, a surpresa: o móvel não coube no espaço, que tem alguns centímetros a menos que o previsto no contrato.

Com a chuva, a porta estufou e apareceram infiltrações. Segundo a construtora, uma vistoria será feita nos móveis, e manutenção dos itens que estiverem dentro da garantia. A empresa não soube explicar o problema com a metragem.

A Caixa Econômica Federal identificou a necessidade de reparos em algumas unidades e vai cobrar providências da construtora.

São Paulo

No centro-oeste paulista, casas construídas em pelo menos sete cidades apresentaram problemas. Em Marilia, os imóveis foram entregues há menos de um ano e já apresentam rachaduras, infiltrações, janelas que não fecham e o teto que teve que ser colado com fitas adesivas.

Fotos mostram como ficam as casas em dia de chuva. Os moradores disseram que a construtora que não resolveu os problemas. A empresa prometeu consertar tudo.

A Defensoria Pública Federal conseguiu na Justiça uma liminar que responsabiliza a Caixa por problemas nos imóveis. A Caixa disse que não foi notificada, mas que vai realizar vistorias.

Em Ourinhos, 300 casas foram entregues sem esgoto e com diversas rachaduras. Em uma das casas, a caixa d’água caiu em cima da cama de um morador. Por sorte ninguém se feriu. A empresa disse que também vai realizar os reparos necessários.

Ceará

Em Ceará, a reclamação é de uma obra que está parada há um ano e já foi até invadida. Em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, são 824 apartamentos inacabados. Os imóveis chegaram a ser invadidos e foram desocupados no mês passado por determinação da Justiça. A obra ainda não foi retomada.

Segundo a Caixa Econômica, a construção foi suspensa por causa de dificuldades financeiras da construtora e outra empresa foi contratada para dar continuidade aos serviços. A previsão é que sejam retomados no mês que vem.

Enquanto isso, seguranças tentam impedir a entrada de estranhos. Mesmo assim, pessoas conseguiram entrar nos prédios. Mais de 4,5 mil famílias estão inscritas no programa à espera de moradia.
F o n t e G1Pará

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