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domingo, 7 de julho de 2013

Prefeitos campeões do "cabide"


Helder é campeão do "cabide"
A máquina pública dos municípios paraenses ficou mais inchada nos últimos quatro anos, atingindo a marca de 293,7 mil servidores ao fim de 2012. Se considerados apenas os funcionários lotados nas prefeituras e seus órgãos administrativos, a chamada administração direta, o aumento no número de efetivos em relação a 2009 foi de 28%, alcançando 286,3 mil. Os dados sobre o perfil de gestão dos municípios estão em estudo divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se considerados apenas os cargos comissionados, o aumento no período foi de 32,9% (a maior proporção do País), com quase 22 mil pessoas contratadas sem concurso, ou seja, por meio de indicação política, na maioria dos casos. Em todo o País, o número de contratações sem concurso nas prefeituras foi quase três vezes menor: 13,7%.
Percentualmente, o maior registro do Estado foi observado no município de Inhangapi (1.325%), que ampliou o seu quadro de comissionados de oito para 114 nos últimos quatro anos. Mas nenhum caso é mais impressionante do que o de Ananindeua, administrado nos últimos anos pelo ex-prefeito Helder Barbalho (PMDB). Ao fim do ano passado, o município contabilizava 4.056 servidores por indicação, 1.117 a mais do que o anotado no começo do último mandato. O número corresponde a 30% de todos os funcionários contratados na prefeitura até 2012 e quase 20% do total de comissionados paraenses. Como comparativo, a segunda maior fatia de comissionados do Pará é a de Belém: 5,3%, referente a 1.176 servidores. Ao longo da última gestão da capital paraense, do ex-prefeito Duciomar Costa (PTB), foram contratados 565 servidores, referente a um aumento de 47%.
"Esses números são absurdos. Esses prefeitos incharam as despesas das prefeituras sem que houvesse maior qualidade nos serviços prestados, porque com acréscimos percentuais dessa natureza, seria natural que a sociedade tivesse reconhecidamente outra qualidade de serviços públicos. E isso não aconteceu, quer dizer, na verdade o que se decidiu foi que as prefeituras ampliaram os seus quadros com mais apadrinhados, confundiram público com privado, colocando ali pessoas apadrinhadas apenas para aumentar a sua base eleitoral ou alimentar os seus currais eleitorais", avalia o fundador e secretário geral da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco.
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Thiago Vilarins

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